terça-feira, 28 de junho de 2011

Primeiros socorros PARTE I



Primeiros socorros

Primeiros socorros são uma série de procedimentos simples com o intuito de manter vidas em situações de emergência, feitos por pessoas comuns com esses conhecimentos, até a chegada de atendimento médico especializado.O melhor é obter treino em primeiros socorros antes de se precisar usar os procedimento em quaisquer situações de emergência.Diversas situações podem precisar de primeiros socorros. As situações mais comuns são atendimento de vítimas de acidentes automobilísticos, atropelamentos, incêndios, tumultos, afogamentos, catástrofes naturais, acidentes industriais, tiroteios ou atendimento de pessoas que passem mal: apoplexia (ataque cardíaco), ataques epilépticos, convulsões, etc.Tão importante quanto os próprios primeiros socorros é providenciar o atendimento especializado. Ao informar as autoridades, deve-se ser direto e preciso sobre as condições da(s) vítima(s) e o local da ocorrência.

Avaliação da cena ou sinistro

É muito importante salientar que para a abordagem de uma vítima primeiro você deverá ter idéia do contexto geral da situação, pois apenas com uma pré-avaliação do local é que se pode conhecer o tipo de vítima com a qual se está lidando. A ocorrência pode ser classificada como clínica (mal súbito, problemas fisiológicos) ou trauma (mecanismos de troca de energia). A avaliação da cena também é importante para que se possam dimensionar os riscos potenciais existentes na cena, prevenindo assim que a pessoa que tem o intuito de aplicar os primeiros socorros não se torne mais uma vítima da ocorrência. A Avaliação de Cena é divida em cinco fases: 1)Segurança - verificar se a cena é segura para ser abordada 2)Cinemática do Trauma - verificar como se deu o acidente ou sinistro 3)Bioproteção 4)Apoio 5)Triagem/Nr de Vítimas

Avaliação das condições gerais da vítima

Todo procedimento de primeiros socorros deve começar com a avaliação das condições da(s) vítima(s).Devem-se observar sinais (tudo o que se observa ao examinar uma vítima: respiração, pele fria, palidez, etc.), sintomas (é o que a vítima informa sobre si mesma: náusea, dor, vertigem, etc.) e sinais vitais (sinais cuja ausência ou alteração indica grave irregularidade no funcionamento do organismo. São eles: pulso (batimentos cardíacos), respiração, pressão arterial e temperatura. Existem estudos à luz das evidências científicas atuais que a dor pode ser considerada o quinto sinal vital, uma vez que somente os vivos sentem dor.Desta forma um ponto importante tanto para o socorrista profissional ou leigo será em primeiro momento avaliar o nível de consciência de sua vítima usando um parâmetro muito simples, chamado A.V.D.I.:

• A (ALERTA)
• V (VOZ)
• D (DOR)
• I (INCONSCIÊNCIA)

Em primeiro lugar, abordar a vítima independente do mecanismo sendo traumático ou clínico: se ao tocar na vítima o socorrista percebe uma reação espontânea, concluímos que ela está na fase A (ALERTA). Isto é um indício de que existe atividade neurológica: o cérebro está sendo suprido de oxigênio, pois para isto acontecer ele tem de estar estimulando o grupo muscular da respiração, como musculatura diafragmática e intercostal (caixa torácica).Já a fase V (VOZ) é percebida quando a vítima não responde ao ser chamada pelo nome. É bom lembrar que a audição é um dos últimos sentidos a serem perdidos antes de o cérebro entrar em estado de inconsciência.Não havendo nenhuma resposta à solicitação verbal estimularemos a D (DOR): feche a mão e com a área da dobra dos dedos friccionar o esterno da vítima, que fica localizado no meio do tórax, na junção das costelas. Havendo uma resposta muscular da vítima tanto em tentar inibir o estímulo ou qualquer outra que seja, saberemos que ainda existe uma atividade neurológica funcional, pois o cérebro ainda recebe oxigênio.Entretanto, se não houver nenhum tipo de resposta como em não estar em ALERTA, responsivo à VOZ ou à DOR, a vítima está no estágio de I (INCONSCIÊNCIA), no qual o cérebro não mais recebe oxigênio e por falta deste não haverá estímulo muscular. O que preocupa é a possibilidade da necrose, que é a morte de parte dos tecidos dos cérebro por escassez de oxigênio. Isso pode levar à paralisia, ao coma, e, em casos mais graves, à morte. Acontece também o que chamamos de relaxamento muscular generalizado, e o músculo da cavidade bucal, localizado imediatamente abaixo da língua, pode fazê-la inclinar-se para trás, o que obstrui a passagem de ar.

Assistência

Posição lateral de segurança (PLS)

A Posição Lateral de Segurança, pode ser utilizada em várias situações que necessitam de primeiros socorros, em que a vítima esteja inconsciente, mas a respirar e com um bom pulso, uma vez que esta posição permite uma melhor ventilação, libertando as vias aéreas superiores.Esta não deve ser realizada quando a pessoa:

• Não estiver a respirar;
• Tiver uma lesão na cabeça, pescoço ou coluna;
• Tiver um ferimento grave.

O que fazer

1. Com a vítima deitada, ajoelhe-se ao seu lado;

2. Vire a cara da vítima para si. Incline a cabeça desta para trás, colocando-a em hiperextensão, para abrir as vias aéreas e impedir a queda da língua para trás e a sufocação por sangue. Se a vítima estiver inconsciente, verifique a boca e remova possíveis materiais que possam estar dentro desta;

3. Coloque o braço da vítima que estiver mais próximo de si ao longo do corpo dela, prendendo-a debaixo das nádegas desta;

4. Coloque o outro braço da vítima sobre o peito dela;

5. Cruze as pernas da vítima, colocando a perna que estiver mais afastada de si por cima da canela da outra perna;

6. Dê apoio à cabeça da vítima com uma mão e segure a vítima pela roupa, na altura das ancas, virando-a para si;

7. Dobre o braço e a perna da vítima que estiverem voltadas para cima até que formem um certo ângulo em relação ao corpo;

8. Puxe o outro braço da vítima, retirando-o debaixo do corpo dela;

9. Certifique-se que a cabeça se mantém inclinada para trás de forma a manter as vias aéreas abertas.
Respiração

A respiração é crítica para a sobrevivência do organismo, e garanti-la é o ponto fundamental de qualquer procedimento de primeiros socorros. O cérebro tem lesões irreversíveis (necroses) em no máximo 6 minutos após a interrupção da respiração. Após 10 minutos, a morte cerebral é quase certa.Para verificar a respiração, flexione a cabeça da vítima para trás, coloque o seu ouvido próximo à boca do acidentado, e ao mesmo tempo observe o movimento do tórax. Ouça e sinta se há ar saindo pela boca e pelas narinas da vítima. Veja se o tórax se eleva, indicando movimento respiratório.Se não há movimentos respiratórios, isso indica que houve parada respiratória.

Abertura das vias respiratórias

O primeiro procedimento é verificar se há obstrução das vias aéreas do paciente. Para isso, deixe o queixo da vítima levemente erguido para facilitar a respiração. Usando os dedos, remova da boca objetos que possam dificultar a respiração: próteses, dentaduras, restos de alimentos, sangue e líquidos. Os movimentos do pescoço devem ser limitados, e com o máximo cuidado: lesões na medula podem causar danos irreparáveis. Também é bom ressaltar: nunca aproxime a mão ou os dedos na boca de uma vítima que esteja sofrendo convulsões ou ataques epilépticos.

Respiração artificial

É o processo mecânico empregado para restabelecer a respiração que deve ser ministrado imediatamente, em todos os casos de asfixia, mesmo quando houver parada cardíaca.Os pulmões precisam receber oxigênio, caso contrário ocorrerão sérios danos ao organismo no aspecto circulatório, com grandes implicações para o cérebro.A respiração artificial pode ser feita de cinco modos:

a) boca-a-boca
b) boca-nariz
c) boca-nariz-boca
d) boca-máscara
e) por aparelhos (entubação)
A máscara de respiração é obrigatória para preservar o socorrista do contágio de doenças. Sendo utilizado contato direto com o paciente apenas em situações adversas.

Procedimentos

Os procedimentos são os seguintes:

- deitar a vítima de costas sobre uma superfície lisa e firme;
- retirar da boca da vítima próteses (dentaduras, aparelhos de correção, se possível) e restos de alimentos, desobstruindo as vias aéreas;
- elevar com delicadeza o queixo da vítima, estabilizando a coluna cervical (é importante o cuidado com a medula e que a vítima não se movimente, especial atenção em casos de possível traumatismo);
- tapar as narinas com o polegar e o indicador e abrir a boca da vítima completamente;
- a partir dai o socorrista deverá respirar fundo, colocar sua boca sobre a boca da vítima (sem deixar nenhuma abertura) a soprar COM FORÇA por duas vezes seguidas , até encher os pulmões, que se elevarão;
- afastar-se, tomar novamente ar e repetir a operação em média 12 vezes por minuto, de maneira uniforme e sem interrupção (ou seja, a cada 5 segundos a pessoa deve repetir a operação).
É importante dizer que a ausência de pulsação requer o procedimento de compressão torácica externa (massagem pulmonar) ou reanimação cardíaca.
Asfixia/sufocação
Dependendo da gravidade da asfixia, os sintomas podem ir de um estado de agitação, palidez, dilatação das pupilas (olhos), respiração ruidosa e tosse, a um estado de inconsciência com parada respiratória e cianose (tonalidade azulada) da face e extremidades (dedos dos pés e mãos).
O que fazer

• Manobra de Heilmich
Se a asfixia for devido a um corpo estranho, proceda assim (numa criança pequena):

• Se o objeto estiver no nariz, peça à criança para assoar com força, comprimindo com o dedo a outra narina;

• Se for na garganta, abrir a boca e tentar extrair o objeto, se este ainda estiver visível, usando o dedo indicador em gancho ou uma pinça, com cuidado para não empurrar o objeto;

• Colocar a criança de cabeça para baixo, sacudi-la e dar tapas (não violentos, mas vigorosos) no meio das costas, entre as omoplatas, com a mão aberta.

Quando há algum objeto impedindo a passagem de ar, médicos muitas vezes se vêem obrigados a perfurar com uma caneta, ou objeto equivalente, a parte frontal inferior do pescoço, perfurando a pele onde há pequena cavidade (na parte final da laringe, já próximo da traquéia). Retirada a caneta, a pessoa pode passar a respirar pelo pequeno orifício. Destacamos contudo que tal procedimento deve ser adotado por pessoas com conhecimento avançado de anatomia, para que não sejam atingidas artérias, cordas vocais, etc.É válido ressaltar que ninguém pode ser condenado criminalmente por tentar salvar a vida de terceiro, ainda que no socorro acabe provocando lesões como a fratura de uma costela, fato comum na hipótese de reanimação cardíaca. É que na hipótese se verifica a excludente de ilicitude denominada Inexigibilidade de conduta diversa.[carece de fontes?]

Procedimentos que, em hipótese alguma, devem ser praticados

• Abandonar o asfixiado para pedir auxílio
• deixar o asfixiado nervoso

Crise asmática

A criança/jovem com asma é capaz de responder com uma crise de falta de ar em situações de exercício intenso (nomeadamente a corrida), conflito, ansiedade, castigos, etc. Caracteriza-se por uma tosse seca e repetitiva, dificuldade em respirar, respiração sibilante, audível, ruidosa (pieira e/ou farfalheira), ar aflito, ansioso, respiração rápida e difícil, pulso rápido, palidez e suores, e Prostração, apatia.Na fase de agravamento da crise a respiração é muito difícil, lenta e há cianose das extremidades, isto é, as unhas e os lábios apresentam-se arroxeados.

O que fazer

• Tranquilizar a situação. É importante ser capaz de conter a angústia e a ansiedade da criança/jovem, falando-lhe calmamente, e assegurando-lhe rápida ajuda médica;

• Manter a criança/jovem num local arejado onde não haja pó, odores ou fumaça;
• Colocá-lo numa posição que lhe facilite a respiração;

• Contactar e informar a família;

• Se tiver conhecimento do tratamento aconselhado pelo médico para as crises pode administrá-lo;

• Se não houver melhoria a criança deve ser transportada para o hospital.

Recomenda-se aos asmáticos "em crise" que deitem diretamente num chão de madeira ou num colchão fino para deixar a coluna reta.Em seguida, convém respirar com calma, pegando bastante ar com o nariz, com uso do diafragma, jogando o ar em direção ao estômago de modo a encher bem os pulmões. Após isso convém soltar o ar com a boca bem devagar esvaziando o máximo os pulmões sem pressa. Mantendo a seqüência a pessoa recupera o controle da respiração.Se alguém estiver junto pode colocar a mão (sem fazer peso) sobre o pulmão do asmático para acalmá-lo.É bom cuspir qualquer secreção decorrente do apontado exercício respiratório.

Convulsão

É muitas vezes conhecida por “ataque” e caracteriza-se por alguns dos seguintes sinais e/ou sintomas:
• movimentos bruscos e incontrolados da cabeça e/ou extremidades,
• perda de consciência com queda desamparada,
• olhar vago, fixo e/ou “revirar dos olhos”,
• “espumar pela boca”,
• perda de urina e/ou fezes,
• morder a língua e/ou lábios.
• morder a unha ou dedos

O que fazer

• Afastar todos os objectos onde a pessoa possa se machucar;

• Proteger a vítima contra os traumatismos, amortecendo a cabeça com almofadas ou casacos ou ainda com as mãos;

• Ter o devido cuidado para não colocar os dedos na boca da vítima durante a crise.
• Tomar o ambiente calmo afastando os curiosos;

• Anotar a duração da convulsão;

• Acabada fase de movimentos bruscos colocar a pessoa na Posição Lateral de Segurança;
• Manter a criança/jovem num ambiente tranqüilo e confortável;

• Avisar os pais;

• Enviar ao Hospital sempre que:

• for a primeira convulsão
• durar mais de 8 a 10 minutos
• se repetir
• manter as roupas afroxadas

Circulação

Avaliação

A circulação é inicialmente avaliada através do pulso: a onda de pressão que é sentida quando o coração bombeia o sangue através das artérias, indicando as condições cardíacas.É sentida nas artérias carótidas, que se localizam uma a cada lado do pescoço, ao lado do pomo-de-adão, no sulco entre a traquéia e o músculo do pescoço. Existem diversos outros pontos onde se pode sentir o pulsar das artérias, entre elas a artéria radial (logo abaixo da mão). O pulso deve ser sentido com os dedos indicador e médio, que devem pressionar levemente o local.Dada a complexidade da avaliação do pulso, em formações para leigos, a medição do pulso foi eliminada, na medida em que seriam precisos mais que 10 segundo de VOSP para uma correcta medição do pulso. Dado isto, os sinais de circulação são avaliados pela existência de tosse, movimentos corporais voluntários (excluir convulsões, espasmos) e sinais respiratórios.

Massagem cardíaca

É o procedimento mecânico para reanimação do coração em caso de parada cardíaca. Deve ser feita da seguinte forma.

1. Posicione-se ao lado da vítima, na altura do tórax; A vítima deverá se achar em decúbito dorsal (barriga para cima), sobre superfície dura e plana.

2. Encontre o apêndice xifóide e conte dois dedos acima), posicione a mão dominante com a palma para baixo e intercale os dedos com a segunda mão; (O lugar preciso para aplicação da pressão também pode ser encontrado a partir do esterno: localiza-se o final do osso entre as costelas (esterno) e dois/três dedos acima dele) coloque a palma de sua mão esquerda e sobre o dorso da mesma a mão direita. Os dedos deverão se achar entrelaçados;

3. Estique os braços e realize a força com o peso do corpo (a compressão deve ter o vigor necessário para gerar um afundamento de 4 a 5 cm).

4. Realize 30 compressões seguidas (a uma frequência de, no mínimo, 100 compressões por minuto), antes de reavaliar o pulso, se houver parada respiratória, intercalar 2 ventilações a cada 30 compressões e realizar 5 ciclos:

30 massagens e 2 respirações (x5)

Ao final reavaliar o pulso carotídeo e se não houver sucesso, repetir o procedimento.A pressão realizada no tórax contra uma superfície rígida provoca uma compreensão do coração entre o externo e a coluna dorsal e um aumento da pressão intra-torácica, provocando o esvaziamento ativo e enchimento passivo das cavidades do coração fazendo o sangue circular por todo o organismo.

Hemorragias

É o derramamento de sangue para fora dos vasos que devem contê-lo com repercussão clínica ou laboratorial (exames), por menor que seja.Sendo utilizado para transportar oxigênio, nutrientes para as células, bem como gás carbônico e outras excretas para os órgãos de eliminação, o sangue constitui-se como o meio de inquestionável importância, tanto na respiração, nutrição e excreção, como na regulação corpórea, transportando hormônios, água e sais minerais para a manutenção de seu equilíbrio. O volume circulante em um adulto varia em torno de 5 a 6 litros, levados em conta a relação de 70ml por kg de peso corporal, o que corresponde, por exemplo, a 4.900ml de sangue em uma pessoa de 70kg.Havendo uma diminuição brusca do volume circulante, como a que ocorre em uma grande hemorragia, o coração poderá ter sua ação como bomba comprometida, o que chegando a determinados níveis, levará a vítima a um colapso circulatório, podendo resultar e morte.

Classificação da hemorragia quanto à localização

Hemorragia externa

Sangramento "exterior ao corpo"; normalmente é facilmente visualizada. Pode ser oriunda de estruturas superficiais, ou mesmo de áreas mais profundas através de aberturas ou orifícios artificiais (comuns nos traumas). Normalmente pode ser controlada utilizando-se técnicas de primeiros socorros.

Hemorragia interna

Hemorragia das estruturas mais profundas podendo ser oculta ou exteriorizada, como ocorre em sangramento no estômago, em que a vítima expele o sangue pela boca. A hemorragia interna é mais grave devido ao fato de não podermos visualizá-la, o que faz com que não saibamos a extensão das lesões. O tratamento necessariamente deve ser realizado em ambiente hospitalar, cabendo ao socorrista apenas algumas manobras que visam evitar que o estado de choque se instale.


Classificação da hemorragia quanto ao tipo do vaso rompido

Hemorragia arterial

O sangramento ocorre em jatos intermitentes, no mesmo ritmo das contrações cardíacas. Sua coloração é um vermelho claro. A pressão arterial torna este tipo de hemorragia mais grave que um sangramento venoso devido à velocidade da perda sanguínea.

Hemorragia venosa

Sangramento contínuo de coloração vermelho escuro, pobre em oxigênio e rico em gás carbônico.

Hemorragia capilar

Sangramento contínuo com fluxo lento, como visto em arranhões e cortes superfíciais da pele. Obs: considerando que as artérias estão localizadas mais profundamente na estrutura do corpo, as hemorragias venosa e capilar são mais comuns do que a do tipo arterial.

Consequências das hemorragias

Uma grande hemorragia não tratada pode conduzir a vítima a um estado de choque e consequentemente a morte. Já sangramentos lentos e crônicos podem causar anemia (baixa quantidade de glóbulos vermelhos).

Sinais e sintomas

Os sinais e sintomas da hemorragia, apresentados por uma vítima, variam de acordo com a quantidade de sangue perdida e a velocidade deste sangramento.
mais de 50%

• Morte iminente
de 30 a 50%
• Consciência diminuída
• Respiração rápida
• Taquicardia (frequência maior que 120 bpm)
• Pressão baixa
• Estado de choque
de 15 a 30%
• Pulso fraco
• Sudorese
• Sede
• Pele fria
• Ansiedade
• Respiração (maior que 20 resp/min)
• Taquicardia (100 a 120 bpm)
• Enchimento capilar (maior que 2seg)

O que fazer

• Deitar horizontalmente a vítima (facilita a circulação sanguínea entre o coração e o cérebro);
• Se for possível calçar luvas descartáveis;

• Aplicar sobre a ferida uma compressa esterilizada ou, na sua falta, um pano lavado (de modo a limitar o risco de infecção), exercendo uma pressão firme com uma ou as duas mãos, com um dedo ou ainda com uma ligadura limpa, conforme o local e a extensão do ferimento;

• Se o penso ficar saturado de sangue, colocar outro por cima, mas sem retirar o primeiro;

• Fazer durar a compressão até a hemorragia parar (pelo menos 10 minutos). Caso a hemorragia não parar deve ser comprimida a artéria;

• A pressão manual no local deve ser em seguida substituída com uma ligadura compressiva;

• Quando a hemorragia parar, deve ser aplicado um penso compressivo.

Durante este procedimento, deve-se:

• Acalmar a vítima, mantendo-a acordada;
• Mantê-la confortavelmente aquecida;
• Não a deixar comer ou beber.

Se se tratar de uma ferida dos membros com hemorragia abundante pode ser necessário aplicar um garrote ou torniquete. Este pode ser feito com esfignomanômetro (aparelho de pressão) deve ser aplicado logo acima do ferimento. Este tipo de procedimento não é indicado a pessoas leigas, pois pode ocorrer a necrose (morte) do membro por falta de circulação/oxigenação.

Hemorragia nasal

A hemorragia nasal é causada pela ruptura de vasos sanguíneos da mucosa do nariz. Caracteriza-se pela saída de sangue pelo nariz, por vezes abundante e persistente, e se a hemorragia é grande o sangue pode sair também pela boca.

 O que fazer

• sentar a pessoa com o tronco inclinado para a frente para evitar a deglutição do sangue;

• comprimir com o dedo a narina que sangra;

• aplicar gelo ou compressas frias exteriormente;

• não permitir assoar;

• se a hemorragia não para, introduzir na narina que sangra um tampão coagulante ou compressa, fazendo pressão para que a cavidade nasal fique bem preenchida.

O que NÃO fazer

• deitar a vítima;

• colocar água oxigenada ou qualquer desinfectante.

Nota: Se a hemorragia persistir mais de 10 minutos, transportar a vítima para o Hospital.
Hemorragia na palma da mão

• O ferido deve fechar fortemente a mão sobre um rolo de compressas esterilizadas ou, na sua falta, um rolo de pano lavado, de modo a fazer compressão sobre a ferida;

• Colocar em seguida uma ligadura ou pano dobrado à volta da mão;

• Colocar o braço ao peito com a ajuda de um lenço grande, mantendo a mão ferida bem levantada.

Nota: O caso de uma hemorragia abundante, é uma situação grave que necessita de transporte urgente para o hospital. Deve-se portanto, chamar uma ambulância, nunca se devendo transportar sozinho um ferido para o hospital, uma vez que os solavancos durante o transporte podem interromper o afluxo do sangue ao coração.

Ataque cardíaco (Apoplexia)

Um ataque cardíaco acontece quando parte de seu coração não recebe oxigênio em quantidade suficiente.O coração é um músculo e como os outros do corpo, precisa de oxigênio, que é fornecido pelo sangue dos vasos sangüíneos, conhecidos como artérias coronárias. Um coágulo sangüíneo em uma dessas artérias pode bloquear o fluxo de sangue para o músculo cardíaco o que acarreta prejuízos ao coração e a depender do tempo de duração deste bloqueio, uma parte do coração necrosa (morre) fazendo com que pare de funcionar corretamente.Ataques cardíacos podem ocorrer caso seu coração passe a precisar subitamente de mais oxigênio durante exercícios intensos. Tanto homens como mulheres têm ataques cardíacos, risco este que aumentam com a idade.Placas de ateroma (fragmentos de colesterol) podem crescer no interior das artérias diminuindo seu diâmetro. Além disso, coagulos sangüíneos podem então se formar nesta artéria estreitada e bloqueá-la.

Sintomas

• Dor no do peito irradiando para o lado esquerdo
• Dor no ombro, braço, barriga ou mandíbula
• Falta de ar
• Suor intenso
• Náuseas
• Fraqueza ou tontura
• Palidez

Ataques cardíacos são possíveis durante descanso ou exercícios, portanto é importante que mantenha seu médico informado de possíveis riscos.

Diagnóstico

O médico o examinará e perguntará sobre seu histórico médico. Pode ser necessário a realização de alguns exames para que se verifique como o seu coração está trabalhando.
Exames

• ECG (eletrocardiograma)
• Ecocardiograma
• CPK (Fosfoquinase)
• CK-MB (Creatinofosfoquinase e Fração MB da Creatinofosfoquinase
• Troponinas T e I
• Mioglobina
Tratamento
• Permanecerá no hospital por 2 a 7 dias.
• Receberá oxigénio , por um determinado período, para melhorar a função e oxigenação do músculo cardíaco.
• Realizará um austerismo cardíaco ( cinematografia e ventricular) para verificar qual artéria do coração ( coronária ) está danificada (bloqueada totalmente ou parcialmente) e quanto da função cardíaca foi avariada , e assim realizar uma coroplastia imediatamente ou programar autoplastia ou vascularização miocárdio ou tratamento clínico.
• Pode ser necessário a realização de uma cirurgia para abrir ou criar um caminho acessório (bypass) para a artéria bloqueada.
• Poderá receber medicação para dissolver o coágulo.
• Outros medicamentos podem ser administrados.
Todo esse tratamento é a critério médico.
Assim que melhore, o médico criará um programa de cuidados. Quando for para casa, pode ser necessário que use um pequeno monitor cardíaco nos primeiros dias que gravará os batimentos cardíacos.

Cuidados

• Siga o plano de tratamento feito por seu médico.
• Coma alimentos saudáveis, pobres em gordura e sal.
• Perca peso, se necessário. Mantenha-se no seu peso ideal.
• Inicie a realização de exercícios quando seu médico liberar para tal atividade e aumente a intensidade dos mesmos de acordo com as recomendações.
• Não fume.
• Tenha sempre disponível a sua medicação. A criação de uma lista com os nomes, as dosagens, e os horários que deve tomar é útil.
• Tente manter seu colesterol normal.
• não esquecer de tomar água com açúcar ou sal
Consiga informações específicas de seu médico sobre as providências a serem tomadas ao sentir dor no peito, incluindo:
• Quais medicações deve tomar.
• Quando chamar o médico.
• Quando chamar um serviço de emergência.
Chamar o serviço de emergência no momento apropriado aumenta a chance de permanecer vivo e também diminui os danos ao coração.

Prevenção

Existem muitas maneiras de se proteger o coração e diminuir os riscos:

• Não consumir drogas
• Se tem diabetes, tente mantê-lo sob controle.
• Alimente-se bem.
• Controle a sua pressão sanguínea.
• Coma alimentos pobres em gordura e sal.
• Pratique exercícios regularmente.

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